segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"PROCURO EM TI AS ONDAS DO MAR"


Procuro em ti as ondas do mar, este mar de ondas largas
Ao longe a bruma estende-se rente á costa como se fosse uma renda
Procuro acreditar que me amas que me queres
Procuro sem encontrar o meu rumo o meu porto seguro
Passam as horas intermináveis busco incessantemente e não vens
Deixaste um rasto de amor, de sentimentos pelo chão
Deixaste a minha alma amargurada, as minhas lágrimas choradas
As ondas vão e vêm no seu movimento constante
Este mar lindo altaneiro, que não se detém perante a minha dor
Olho-o e recordo o dia que o amámos juntos
Piso esta areia da praia que foi cúmplice do nosso amor
Olho este sol dourado que nos aqueceu naquele dia frio
Será que não me queres mais ou estarei a sonhar?
Olho estes caminhos rasgados pelas vagas
Tento ver através do nevoeiro que se estende pelo areal
Mas tudo em vão, quero encontrar aquilo em que acredito
Quero voltar a ter o teu amor, não me podes ter esquecido
Interrogo-me a mim própria, será que deixaste de me amar?
Será que as lágrimas que vi chorares eram de amor por mim?
Quero que esta passagem da minha vida seja uma mentira
Quero que seja um sonho e quando acordar estás comigo
Estás a amar-me nesta praia, ao som melodioso das vagas
Chamas-me flor selvagem, sinto o toque o teu roçar
Sinto que serei sempre tua, que sou a tua semente
O meu corpo acorda, aquece, sente aquele apelo por ti
Fecho os olhos, és o meu poema guardado, meu poema escondido
O meu pensamento esvoaça, sinto-me tua, toco-te em silêncio
És como um poema que ninguém leu, és o meu sentimento
Amanhã pode não ser amanhã, e o meu sonho pode não ser real
Tudo pode se completar…Até o amor…O meu amor por ti…

“BRASA”

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