sábado, 19 de abril de 2008

"PORTA ENTREABERTA"


O sol esconde-se na linha do horizonte, a noite cai, e com ela a lembrança de ti
Não quero fechar a porta dourada do teu amor, quero deixá-la entreaberta
Neste dia especial, amanheceu, entardeceu, e o amor ficou pelo chão
Espalhados pelo chão estão os restos do nosso amor, sonhos, saudade, verdade
Sem revolta olho, torno a olhar, e sinto que não te foste, ainda estás em mim
Apanhei-os com ternura, primeiro o amor, guardei-o num lugar especial, no coração
Depois os sonhos, a seguir a saudade e só depois a verdade do amor que te tenho
Promessas vãs, frases esquecidas, promessas quebradas, esquecimento?
Sonhos desfeitos, desilusões, frustrações, tristezas, ansiedade, fragilidades
Não vou deixar de te amar nunca, estás na minha mente, sinto-te em mim
Sou persistente, corajosa, teimosa, não vou deixar que o teu amor se vá
Os meus sentimentos são reais, a minha verdade, é como te quero…
Abro a janela, a noite está estrelada, nelas tenho a visão do teu rosto
O teu amor marcou a minha vida, marcas de querer, paixão, desejos
Não vou deixar que morra em mim a vontade de te amar, de te abraçar
Nada mais tenho para te dar, senão este amor, esta saudade, este sonho
Tu és a minha voz feita paixão, és o meu gesto, és o meu beijo calado
Quero que sejas como uma gota de orvalho, caias e fiques em mim
Quero encostar o teu rosto ao meu, e ficarmos assim lado a lado
Quero entrelaçar os teus dedos como se colhêssemos uma flor
Quero ouvir a tua voz como o lamento do mar, quando ama a areia
Quero ouvir a tua voz no vento, olhar o céu, ver o arco-íris
Não me consigo encontrar na cor dos meus anseios, na cor do entardecer
Vou matar a minha solidão a derramar a doce melodia do teu amor
Deixo correr uma lágrima teimosa, que vai morrer no meu sorriso
Em cada pensamento, em cada passo, busco incessantemente tua presença
Preciso do calor das tuas mãos, do cheiro do teu perfume…
Preciso ter-te a meu lado…

“BRASA”

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